segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Naufragio

Não consigo explicar porque choram os olhos, as lágrimas que não param de cair ...
Estou presa num sonho que acaba muito antes de começar...
Naufrago no meu mar de sentidos onde afogo as  minhas ilusões...
Quero desistir de remar contra a maré, desistir de uma realidade que dói sempre que o pensamento voa...
Desisto de lutar contra ventos contrários... 
Desisto… 
Desisto das batalhas que o coração muitas vezes travou com a razão...
Desisto e sigo ao sabor do vento, forçando sorrisos...
Escondo lágrimas onde  afogo desejos, sonhos e vontades e esta dor que não pára...
E deixo renascer a única razão de eu aqui estar…
Quem de verdade sempre me amou!
Hoje,apenas sinto o refúgio de uma dor...
sinto apenas o sal das lágrimas caídas e ilusões perdidas…

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Eu

Fugindo das horas tristes, onde um teimoso relógio teima em contar...
Sinto-me perdida no tempo sentindo a falta do teu sorriso ...
Vivo numa melancolia, procurando por tempos passados...
Sigo por caminhos raiados de sol que a pouco e pouco se vão desfazendo dando lugar á noite...
Encontro caminhos de sonhos perdidos que trazem saudade...
Caminhando sozinha por entre as estrelas, vagueio sem destino, sem rumo...
Apenas com a certeza da chegada do raiar do dia...
Com a sensação de ter vivido, de ter sonhado... 
Com a ilusão de ter sido!!!
Escondo-me num silencio e num vazio que a alma me mostra...
Perco-me em algum lugar, numa ilusão qualquer…
Nunca sei quem sou, mas sei que de novo me vou  encontrar!
Abro as portas do coração e espero que na noite se faça dia…
Encho a alma de cores,e pinto uma nova historia com tons claros de esperança...
Traço linhas de sonhos que se foram apagando...
O sol traz com ele o calor de um beijo, a magia de um sorriso...
E quando o sol reaparecer nos meus sonhos, encontrarei uma melodia doce ...
Tocada com o vento nas cordas do meu coração.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Deixo-me levar...

A pagina da vida é escrita, com palavras soltas e almas perdidas...
Palavras sem cor e de emoções sentidas...
Suportam o peso da ausência, mas guardam nas estrelas todos os pedaços soltos...
Coloco uma pagina em branco diante de mim, fico a olhar e sem saber porque...
Vou deslizando os dedos pelo teclado e assim como que por magia ...
A folha enche-se pouco a pouco de pequenas letras, e vou escrevendo o sussurro do meu coração
Quando as letras se juntam e formam amontoados de emoções, sem definições ou limites,
nas frases construídas pelo meu pensamento, estão escritas sensações nas pontas dos dedos...
Crescem como o  malmequer e são livres de sentir a brisa suave do amanhecer...
E assim o branco ganha cor, nascem tempestades de dores, onde as palavras fazem sentido e agora sim
Sem porto de abrigo onde ancorar deixo-me levar ...