segunda-feira, 6 de abril de 2009

Momentos...


Existem momentos em que não sei o caminho a seguir...
Horas em que olho ao redor e não encontro um trilho ...
É como quando me embrenho por lugares que nunca conheci, e descubro, do outro lado, algo que nunca imaginei.
E basta um quase nada, para mudar a vida, para sempre.
Porque há momentos em que nos chamam e o medo não nos permite ir...
Mas há momentos em que nos dizem, "anda comigo, vou-te buscar".
E o caminho fica mais fácil de fazer...
A dois.
Mesmo sem entender, vamos.
Porque a algum sitio tudo isto nos vai levar.
Foi preciso sofrer, para que só agora, encontre as respostas.
Foi preciso chegar-se ao limite para deixar sair o que se guardou tanto tempo.
Nessa linha ténue entre o estar perto e sentir saudades, alguém nos diz que somos importantes, que há um sentimento grande no seu peito, com os olhos cheios de água.
E tudo o resto fica tão pequeno, todas as esperas se tornam tão insignificantes...
E voando, pairamos e planamos lá do alto naquela tranquilidade que se sente sempre que dizemos que apesar de tudo, afinal, tudo valeu a pena.
Sabes, há momentos em que, com as asas feridas, não consigo voar.
E uma voz sussurra-nos ao ouvido:
- As minhas asas são suficientes para nós dois...Como confissão: Não sei se existem anjos ou destino, mas se existem, com certeza gostam de mim.
Ainda existem pessoas de quem já pouco esperamos o que quer que seja, e do nada, chegam-nos de mansinho, em pezinhos de lã, e nos viram a vida do avesso.
Porque a ternura, essa, dificilmente será esquecida.
Porque o carinho, esse, dificilmente nos deixará o peito.
Porque a memória de coisas tão sublimes, dificilmente se apagará.
E a magia da vida acontece... enquanto vivemos....
Talvez isto tudo pareça sem sentido, não sei...
Porque me custa encontrar as palavras, porque os dedos não deslizam pelas teclas, porque a esta hora, escuto as palavras, ainda tenho os cheiros, ainda sinto o abraço dos corpos enroscados, que nos entrelaça a alma, quando tudo o que desejamos é apenas isso.
Porque o que vivo, o que sinto, é grandioso demais.
E acima de tudo, porque me custa escrever quando tenho as palavras á solta e as frases a fugir dentro da minha cabeça...

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